Quiz 02
HISTÓRIA
Uma senhora de 33 anos, desempregada, vinha apresentando ao longo dos últimos dois anos episódios, paroxísticos, de cefaleias, mal estar generalizado, diaforese e taquicardia, associados a hipertensão arterial sistodiastólica.
Estes episódios chegaram a ocorrer duas a três vezes por semana e nem sempre se associavam a situações de maior stress.
Os seus valores tensionais no intervalo destas crises eram habitualmente normais. Fez, entre crises, uma monitorização ambulatória da tensão arterial por 24 horas (MAPA) que revelou hipertensão diastólica ligeira, com padrão “dipper” noturno.
Os seus antecedentes médicos pessoais são irrelevantes (incluindo história obstétrica e ginecológica) e não foi possível colher história familiar de relevo.
O exame físico era normal. Não se ouviam sopros, nomeadamente torácicos ou abdominais; não se palpavam massas; não se identificavam assimetrias ou apagamento de pulsos periféricos.
Foi então iniciado estudo para rastreio de hipertensão secundária.
Deste estudo destacam-se: electrocardiograma, ecocardiograma e rx tórax normais; hemograma, função renal e ionograma normais ( sem medicações ); metabolismo do cálcio e fósforo normal; função tiroideia normal;
A ecografia renal e das suprarrenais revelou imagem de nódulo na suparrenal esquerda com 1,5 cm de diâmetro; os rins eram normais, sem alterações da circulação nas artérias renais (doppler).
Os doseamentos de renina e aldosterona foram inconclusivos. (de pé: Aldosterona de 210 ng/l e Renina de 7,8 uU/ml).
Os valores de catecolaminas e seus metabólitos em urina de 24h, formam repetidamente normais ( colheitas em intercrise ).
Realizou dois estudos em Medicina Nuclear com pesquisa de fixação por MIBG. O primeiro estudo documentou hiperfixação na suprarenal direita, o 2º documentou hiperfixação em ambas as suprarenais.
O que deve fazer-se e qual é o diagnóstico?
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